Exame de UROCULTURA em São Paulo

Sinonímia:
Cultura de urina. UC.


Fisiologia:
Microrganismos mais frequentes nas uroculturas:
Escherichia coli,
Pseudomonas aeruginosa,
Klebsiella pneumoniae,
Proteus spp.,
Enterococcus faecalis,
Enterobacter faecalis,
Staphylococcus aureus,
Staphylococcus spp. coagulase-negativo,
Staphylococcus saprophyticus,
Proteus mirabilis,
Streptococcus agalactiae,
Citrobacter freundii,
Klebsiella spp.,
Staphylococcus epidermidis,
Enterobacter aerogenes,
Morganella morganii,
Klebsiella ornithinolytica,
Serratia marcescens,
Alcaligenes spp.,
Acinetobacter spp.,
Gardnerella vaginalis,
Candida albicans,
Streptococcus ß-hemolíticos
   grupo B,
   grupo D,
Neisseria gonorrhoeae,
Mycobacterium tuberculosis,
Salmonella spp.


Material Biológico:
Urina de 2º jato, jato intermediário ou jato “médio” após cuidadosa lavagem dos genitais
externos com água e sabão seguida de enxágue com gaze úmida. Jato inicial ou final só devem
ser coletados sob expressa solicitação médica.


Coleta:
20,0 ml de urina coletada em condições assépticas diretamente para recipiente estéril de boca
larga.

Armazenamento:
À temperatura ambiente a amostra pode ser mantida por até duas horas antes da semeadura.
Refrigerar a amostra entre +2 e +8ºC para semeadura em até 24 horas. Se for coletada
diretamente em tubo de laminocultivo pode ser mantida até 24 horas à temperatura ambiente.
Após semeadura em laminocultivo, a fim de não prejudicar a contagem de colônias, cuidar para
que não haja urina residual no cilindro que possa, durante o transporte, respingar
repetidamente sobre as áreas com meio de cultura.


Exames Afins:
Urina tipo I. Bacterioscópico de urina. Antibiograma.

 

Valor Normal:

Preparo do Paciente:
A não ser determinação médica diferente, deverá ser coletada a 1ª urina da manhã ou após intervalo miccional de 2 horas.
O preparo e a técnica de coleta de urina variam conforme o sexo e a idade do paciente.


ADULTOS E CRIANÇAS QUE COOPERAM: Mulheres: após boa lavagem dos genitais, coletar o jato “médio”, de preferência “no ar” para um recipiente estéril (cuba-rim). Se houver menstruação ou leucorreia, aplicar um tampão vaginal interno antes de coletar. Homens: após boa lavagem da glande, coletar o jato “médio” diretamente para frasco estéril. Dar atenção especial à lavagem nos casos de fimose muito estreitada onde não se consiga um jato diretamente expelido do meato urinário. Ambos os sexos: cateterismo vesical: só pode ser praticado por profissional habilitado observando todos os preceitos da técnica e da esterilidade. Caso contrário, o próprio procedimento será a porta de entrada da infecção urinária.


CRIANÇAS QUE NÃO COOPERAM:
Coleta COM coletores plásticos (trocar entre cada 30 a 60 min após nova lavagem local):
Meninas: após boa lavagem dos genitais com água e sabão (o uso de anti-sépticos pode eventualmente inibir o crescimento da cultura), aplicar o coletor sobre os grandes lábios. A criança deverá ficar deitada de barriga para baixo para evitar que a urina reflua na vagina.
Meninos: mesmo preparo que as meninas. A criança poderá deitar-se de barriga para cima.


Coleta SEM coletores plásticos:
Ambos os sexos:
Método de Boehm e Haynes: após alimentação e antes que a criança urine, lavar-lhe os genitais com água e sabão. Depois, segurar a criança de barriga para baixo sobre a mão aberta. Acariciar ou percutir levemente os músculos paravertebrais da região lombar para ativar o reflexo espinhal de Perez. Uma micção espontânea deverá ocorrer dentro de 5 min Dirigir o jato de urina diretamente para o frasco de coleta estéril.
Punção suprapúbica: método seguro de coletar urina estéril de crianças. Mas só deve ser praticado por médico experiente e no meio hospitalar. Esse tipo de coleta, entretanto, não é bem-visto no nosso meio.
Cateterismo vesical: mais facilmente praticável em meninas. Só poderá ser efetuado por profissional especializado e experiente, com todos os rigores da técnica e da assepsia.

Interferentes: Genitália mal lavada. Antibioticoterapia.
Contaminação exógena por mau acondicionamento de transporte.

Método:
Cultura em meios adequados para aeróbios e facultativos.

Interpretação:
Útil para diagnóstico das infecções urinárias altas (pielonefrites) e baixas (cistites).


Urocultura Negativa ou inferior a 10.000 colônias/ml com Leucocitúria: amostra contaminada por anti-séptico externo; presença de anti-séptico urinário, de quimioterápico e/ou de antibiótico (geralmente de automedicação); falsa-leucocitúria (10.000 a 20.000 leucócitos/ml em urina hiperdensa de 1,021 a 1,040); infestação por Trichomonas vaginalis; infecção por bactérias anaeróbias, Mycobacterium, Mycoplasma, Ureaplasma, Chlamydia, fungos, vírus; presença de corpo estranho nas vias baixas (cálculo, pelo púbico intra-uretral etc.); leucocitose com leucocitúria por febre de origem não-urológica; meios de cultura inadequados, temperatura incorreta de incubação, troca de identificação de exame.
Outras causas: calculose renal, febre em crianças, nefrites túbulo-intersticiais, glomerulonefrites proliferativas, rejeição de enxerto renal, processos inflamatórios para-vesicais.


Urocultura positiva ou superior a 10.000 colônias/ml sem leucocitúria: contaminação exógena, má lavagem dos genitais; urina velha, alcalina com lise leucocitária; demora na semeadura
(bactérias reproduzem-se ± a cada 20 min:
10 bactérias, após 2 horas, são 640 e após 10 horas são 10.737.418.240!); ressemeadura acidental durante transporte em laminocultivo.


Urocultura positiva por mais de uma cepa bacteriana: se uma antibioticoterapia empírica ainda não foi iniciada, torna-se indispensável repetir a cultura com nova amostra coletada com muito cuidado. Na repetição, geralmente 70 % dessas culturas são negativas, em 20 % cresce apenas uma espécie de bactéria e em 10 % se confirma o crescimento de duas espécies.

Uroculturas, ora positivas, ora negativas: geralmente sem correlação lógica com o sedimento urinário: pensar em Infecção Recorrente do Trato Urinário (ITU de repetição).
Causas em mulheres: grande atividade sexual, sexo normal precedido por sexo anal desprotegido, cistocele pronunciada, região periuretral com contaminação fecal.
Causas em homens: uropatia obstrutiva por aumento da próstata, perda da atividade bactericida do líquido prostático.
Causas em ambos os sexos: bifidez pieloureteral, ureterocele, ptose renal acentuada, divertículo vesical, esvasiamento incompleto da bexiga, cisto pielogênico, estenose pieloureteral, nefropatia, litíase urinária.


Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.sbu-mg.org.br/guia/guia%20pratico%20-%20cap%2022.pdf
http://posgraduacao.ecmal.br/livro_nefro/025riea.pdf
http://www.kidneyatlas.org/book2/adk2_07.pdf
http://www.nephron.com

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