Exame de SURDEZ CONGÊNITA em São Paulo
Sinonímia:
Mutação 35 del G. Mutação 30 del G. Mutação 167 T.
Gene da Conexina 26. Teste “da orelhinha”.
Fisiologia:
Nos países desenvolvidos, a surdez de origem genética é responsável por 50% de todos os casos de surdez pré-lingual.
Este exame é resultado de tecnologia desenvolvida no Laboratório de Genética Humana da UNICAMP e teve repercussão em todo meio acadêmico brasileiro e internacional.
A Surdez Genética Sindrômica está associada a más-formações da orelha externa ou de outros órgãos ou a transtornos clínicos envolvendo outros sistemas. Aproximadamente 30 % dos casos de surdez hereditária pré-lingual são sindrômicos e considerando-se também a surdez pós-lingual, a contribuição da surdez sindrômica é ainda menor.
A Surdez Genética Não-Sindrômica não está associada a alterações evidentes da orelha externa nem a desordens clínicas de outros sistemas, no entanto, pode haver anomalias da orelha média e interna. Aproximadamente 70 % dos casos de surdez hereditária pré-lingual são não-sindrômicas.
Diversos genes são responsáveis pela surdez não-sindrômica hereditária, apresentando diversos padrões de herança: autossômica recessiva, autossômica dominante, ligada ao cromossomo X ou alterações do DNA mitocondrial.
Cerca de 50 % dos casos de surdez por herança autossômica recessiva ocorrem por mutações em um dos mais de 40 genes descritos, chamado GJB2, que codifica a proteína Conexina 26. A mutação mais frequente neste gene é a chamada 35 del G ou 30 del G, e também, 167 T. É necessário que o indivíduo afetado herde dois alelos mutados, sendo um do pai e outro da mãe, para que se expresse a surdez. A pesquisa da mutação 35 del G é considerada um exame de extrema importância no estudo da etiologia da surdez, pois em alguns países da Europa, bem como em norte-americanos de origem europeia, 2,3 % a 4,0 % dos indivíduos são portadores da mutação 35 del G, isto é, apresentam uma cópia do gene mutado e uma cópia normal, ou seja, são heterozigotos.
Cerca de 10 a 20 % dos casos de surdez hereditária são causados por herança autossômica dominante.
A surdez ligada ao cromossomo X corresponde de 1 % a 2 % dos casos de surdez hereditária.
A Conexina 26 é indispensável ao funcionamento normal da orelha interna e as alterações no gene responsável pela sua codificação são a principal causa de surdez pré-lingual não-sindrômica hereditária.
Material Biológico:
Sangue em papel de filtro (teste do pezinho).
Coleta:
Gotas de sangue total em papel de filtro. Não sobrepor as gotas de sangue uma em cima da outra, mas sim, uma ao lado da outra.
Armazenamento:
Papel de filtro: até 72 horas à temperatura ambiente. Para prazos maiores, até 60 dias, congelar a -20ºC. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Teste “da orelhinha” = Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAs).
Valor Normal:
Ausência das mutações.
Preparo do Paciente:
Jejum não necessário. Após assepsia local com álcool 70ºGL, secar e proceder à punção do calcanhar com lanceta estéril, não penetrando mais de 2 mm. Limpar a primeira gota com algodão seco e depois coletar as demais gotas de sangue diretamente no papel de filtro S&S 903*, preenchendo totalmente os círculos. Deixar secar a amostra de pé, ao ar livre, durante ao menos 3 horas, à temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
Obs.: no caso de uma veia qualquer ter sido puncionada, gotas do sangue podem ser aplicadas diretamente da seringa no papel de filtro, não havendo necessidade de puncionar o calcanhar. * Papel Schleicher & Schuell 903.
Interferentes:
Sangue coletado com EDTA não é aceitável.
Não utilizar sangue de cordão.
Método:
PCR. Polymerase Chain Reaction.
Interpretação:
Tanto o Teste de Surdez Genética quanto o Teste da Orelhinha devem ser aplicados ainda no período neonatal, pois associados, aumentam a eficácia da triagem auditiva. O acesso precoce ao diagnóstico e implante coclear, somados à participação efetiva da família, e intervenções fonoaudiológica e psicopedagógica desde o início do diagnóstico, podem propiciar o desenvolvimento tanto da linguagem quanto da comunicação oral.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
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