Exame de RESTRIÇÃO HÍDRICA em São Paulo
Sinonímia:
Teste de restrição hídrica para vasopressina. Teste de privação de água para HAD. Prova de concentração. Obs.: DDAVP = Acetato de desmopressina (Laboratórios Neovita ou Ferring)
Obs.: não confundir com a Prova de Concentração Urinária de Fishberg e Volhard que é muito mais simples e não envolve a administração de DDAVP.
Fisiologia:
A produção de HAD é estimulada pela desidratação. O HAD pode ser dosado diretamente no soro ou indiretamente pela medida da osmolalidade urinária. Normalmente a urina se torna hiperosmolal na desidratação. Se a urina é hipoosmolal após restrição hídrica, é preciso considerar as hipóteses de Diabetes Insipidus (DI) hipotalâmico ou nefrogênico. As manifestações clínicas de DI incluem sede, desidratação e poliúria. A administração exógena de HAD pode diferenciar as duas formas de DI, pois a forma hipotalâmica responde ao HAD e a forma nefrogênica não.
Material Biológico:
Soro, plasma com EDTA e urina.
Coleta:
1,0 ml de cada soro S1, S2, S3 e S4 para Osmolalidade sérica.
2,0 ml de cada plasma P1, P2, P3 e P4 para HAD (Vasopressina).
20 ml de cada urina U1 a U8.
VER OS HORÁRIOS SUGERIDOS EM “PREPARO”.
Coletar os plasmas em tubos gelados (deixar no congelador até o momento da coleta), centrifugar imediatamente em caçapa gelada (deixar a caçapa da centrífuga no congelador até o momento de centrifugar ou fazer congelar duas caçapas contendo volumes iguais de água com um tubo igual ao da coleta inserido nele. Na hora da centrifugação, substituir os tubos e centrifugá-los dentro do gelo formado), transferir os plasmas para outros tubos gelados e congelar imediatamente.
Armazenamento:
Plasma: congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free. Soro e urina: refrigerar entre +2 a +8ºC
Exames Afins:
Prova de concentração urinária de Fishberg e Volhard. Prova da sobrecarga de água.
Valor Normal:


Preparo do Paciente:
Não administrar radioisótopos in vivo ao paciente nas 24 horas precedentes à coleta.
O teste deve, de preferência, ser feito no meio hospitalar a fim de se poder exercer uma
vigilância médica rigorosa durante toda a sua duração e de poder interrompê-lo em caso de
intolerância do paciente (perda de peso, hemoconcentração, pulso acelerado). O paciente não
deve fumar nem tomar bebida alcoólica na véspera e até o fim do teste. Suspender medicação
interferente (por exemplo, DDAVP) durante as 24 horas precedentes.
A dieta do paciente é livre no dia anterior ao teste. Começar o teste o mais cedo possível, por
exemplo, às 7 horas.
O teste é feito, num mesmo dia, em duas etapas:
ETAPA I. Das 7h30 às 15h30.
7h00 – Instalar o paciente em poltrona reclinável e aplicar-lhe um “scalp” heparinizado na veia.
7h30 – Medir o peso, pulso e a pressão arterial (PA). Mandar o paciente esvaziar a bexiga e
desprezar a urina. Depois, o paciente pode fazer um desjejum seco, devendo ficar SEM TOMAR
LÍQUIDOS até o fim da Etapa I.
8h00 – Coletar as amostras S1 e P1 de soro e plasma para as dosagens.
8h30 – Coletar toda a urina da amostra U1. Medir o volume com uma proveta e medir a
densidade urinária. Calcular o peso da urina:
Peso = Vol X densidade
onde:
Peso = peso da urina em g,
Vol = volume urinário em ml e
densidade = densidade urinária medida.
Obs.: calcular 5 % do peso do paciente e ir somando os pesos das amostras de urina. Quando
a soma dos pesos atingir ou ultrapassar os 5 % o teste deve ser encerrado.
De hora em hora, medir o pulso e a PA.
10h30 – Mandar o paciente esvaziar a bexiga, medir o volume e a densidade e desprezar a urina.
11h00 – Coletar as amostras S2 e P2 de soro e plasma para as dosagens.
11h30 – Coletar toda a urina da amostra U2. Medir o volume e a densidade.
13h30 – Mandar o paciente esvaziar a bexiga, medir o volume e a densidade e desprezar a urina.
14h00 – Coletar as amostras S3 e P3 de soro e plasma para as dosagens.
14h30 – Coletar toda a urina da amostra U3. Medir o volume e a densidade.
15h00 – Coletar as amostras S4 e P4 de soro e plasma para as dosagens. Retirar o “scalp”.
15h30 – Coletar toda a urina da amostra U4. Medir o volume e a densidade.
ETAPA II. Das
15h30 às 19h30. Administrar DDAVP: 20 μg intra-nasal ou 2 μg intra-muscular. O paciente agora pode beber e comer.
16h30 – Coletar toda a urina da amostra U5. Medir o volume e a densidade.
17h30 – Coletar toda a urina da amostra U6. Medir o volume e a densidade.
18h30 – Coletar toda a urina da amostra U7. Medir o volume e a densidade.
19h30 – Coletar toda a urina da amostra U8. Medir o volume e a densidade.
CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO DO TESTE:
– peso da urina eliminada igual ou superior a 5 % do peso do paciente,
– a densidade urinária não aumenta em três horas consecutivas (densidade inferior ou igual a 1,005),
– o paciente não suporta mais a sede ou apresenta taquicardia ou alteração significativa da PA.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, icterícia.
Presença de radioisótopos circulantes.
Descongelamentos repetidos.
Método:
HAD plasmático: Radioimunoensaio com 125I após extração. Osmolalidade sérica e urinária: Abaixamento crioscópico em Osmômetro de congelação. Densidade: refratômetro ou densímetro.
Interpretação:
Ver em Valor Normal.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
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