Exame de LIQUOR em São Paulo

Sinonímia:

Líquido cefalorraquiano. Líquido cefalorraqueano. Líquido cefalorraquidiano. Índice
IgG/Albumina.
Cultura: ver sob o título “Cultura de Liquor”.
Pandy, Nonne, Weichbrodt, Appelt, Takata-Ara, Ouro coloidal (Lange ou Zsigmondy), Benjoim
coloidal, Mastic: reações obsoletas para avaliação de globulinas substituídas com vantagem pela
Eletroforese de Proteínas Liquóricas. Ver este título.

Fisiologia:

Índice IgG/Albumina: para identificar especificamente a produção intratecal de IgG e corrigir
um eventual aumento de permeabilidade, dosam-se a IgG e a Albumina no liquor e no soro e
aplica-se a equação:

Um OSAI > 2,0 (isto é, mais Anticorpos Organismo-específicos no liquor do que no soro) é uma
forte evidência da síntese intratecal do anticorpo organismo-específico e sugere infecção do
SNC pelo organismo que está sendo pesquisado. Este índice também pode ser determinado
para anticorpos da classe IgA e IgM:
Na tabela a seguir as principais aplicações:

Material Biológico:

Liquor.

Coleta:

Antes da coleta, efetuar uma fundoscopia (exame de fundo de olho). Se houver edema de
papila, a coleta de liquor só é recomendada dentro do ambiente hospitalar e sob supervisão de
neurocirurgião.
Punção suboccipital deitada (SOD), lombar deitada (LD), ventricular ou cervical.
Logo após a punção, à saída da 1ª gota de liquor, com manômetro de água medir a Pressão
inicial em cmH2O.
Se as primeiras gotas apresentarem sinais de sangue, coletar o primeiro 1 ml em tubo
separado. Após retirada de 7 ml de liquor, medir a Pressão final em cmH2O.
Se houver pedido de eletroforese de proteínas do liquor, é preciso coletar ao menos mais 3 ml
de liquor para o procedimento de concentração de proteínas. Daí então, coletar 10 ml e medir a
Pressão final.
No caso de ter sido feita punção lombar, é necessário fazer as manobras de permeabilidade do
canal raquiano (Queckenstedt-Stookey).
Informar todos os detalhes ao laboratório para poderem constar do laudo, se desejados.

Armazenamento:

Refrigerar entre +2 a +8ºC. Não congelar.

Exames Afins:

Cisternografia. Quimioterapia intratecal.

Valor Normal:

QUOCIENTES DE AYALA
1 – Quociente raquiano (Qr):

Interferentes:

Acidente de punção.

Método:

O exame de liquor de rotina consiste numa análise de uma série de itens:
I – Informações gerais: nível da punção, posição e condições do paciente.
II – Propriedades físicas: Aspecto e cor, antes e após centrifugação.
III – Manometria, quocientes de Ayala e estudo da permeabilidade do canal.
IV – Reações para globulinas e coloidais, hoje substituídas com vantagem pela eletroforese de
proteínas.
V – Bioquímica: glicose, cloretos, CO2, ureia, proteínas, bilirrubinas, hemoglobina, TGO, DHL
etc.
VI – Bacteriologia: Gram, Ziehl, tinta da China e culturas apropriadas.
VII – Citologia: hemácias, leucócitos e outras células, qualitativo e quantitativo.
VIII – Sorologia – (Solicitar individualmente as patologias suspeitadas):
Sífilis (Lues): IFI: FTA-Abs (VDRL não é adequado para liquor e Wassermann é reação de
fixação de complemento (RFC) obsoleta) e/ou HA: MHA-TP.
Cisticercose: (Weinberg é reação de fixação de complemento obsoleta), IFI e/ou ELISA.
Toxoplasmose: (Sabin-Feldman é reação de fixação de complemento obsoleta) IFI e/ou HA.
Chagas: IFI (Machado-Guerreiro é reação de fixação de complemento obsoleta).
HIV 1+2: ELISA.
Herpes I IgG: ELISA.
Herpes II IgG: ELISA.
Citomegalovirus: ELISA.
Varicella Zoster: ELISA.
Tuberculose: RFC.
Paracoccidiodomicose: RFC.
Histoplasmose: RFC.
Aspergilose: RFC.
Candidíase: RFC.
Obs.: sendo o liquor um material considerado “nobre”, conforme a hipótese diagnóstica do
médico assistente, ele deverá nortear e solicitar os exames a serem feitos com prioridade para
evitar o desperdício de material em testes de importância secundária.
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS: Ver no título “Eletroforese de proteínas liquóricas”.
Bandas oligoclonais: pesquisadas por eletroforese de proteínas após concentração ou por
imunofixação, têm grande importância no diagnóstico e no monitoramento de processos
inflamatórios do sistema nervoso central (SNC). Essas bandas são imunoglobulinas (geralmente
IgG) definidas como duas ou mais bandas discretas na região gama que estão ausentes ou em
menor intensidade na eletroforese concomitante de proteínas séricas e estão relacionada à
síntese intratecal de anticorpos.
Elas são sintetizadas por um ou poucos clones de plasmócitos, derivados de linfócitos B, em
resposta à presença contínua de um antígeno único e altamente específico. Podem ser
encontradas em mais de 90% dos pacientes com esclerose múltipla, não se constituindo,
entretanto, exclusivas dessa doença. Processos infecciosos subagudos ou crônicos do SNC, tais
como a panencefalite esclerosante subaguda pós-sarampo, neurossífilis, encefalopatias virais –
a exemplo da causada pelo HIV -, neurocisticercose, neuroborreliose, meningite criptocóccica,
mielite transversa, carcinomatose meníngea, glioblastoma multiforme, linfoma de Burkitt,
polineuropatia recorrente crônica, D. de Behçet e tripanossomíase, também costumam provocar
o aparecimento de tais bandas.

Interpretação:

Hiper e hipotensão liquórica, bloqueios do canal raquiano, processos inflamatórios agudos ou
crônicos, virais, bacterianos ou fúngicos, processos tumorais, processos hemorrágicos,
neurocisticercose.

Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com

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