Exame de HEPATITE C - ANTI HCV em São Paulo

Sinonímia:

Anticorpos anti-HCV. Anti-HCV. HCVAb. Hepatite não-A, não-B. Anti VHC. Anti-HCV IgG.
ICTVdB 00.026.0.03.001

Fisiologia:
Taxonomia: Família Flaviviridae, Gênero Hepacivirus, Espécie Hepatitis C virus (Vírus da
hepatite C).
RNAvirus com envelope.
Genoma: ssRNA.
Incubação: 14 a 180 dias.
Transmissão: transfusão de sangue e derivados, hemodiálise, transplantes, uso de
medicamentos e drogas injetáveis, trabalho em hospitais, clínicas, laboratórios ou bancos de
sangue, exposição a parceiro(a) sexual ou convívio com pessoa portadora de história de
hepatite, baixo nível sócio-econômico, promiscuidade sexual, transmissão perinatal e fonte
desconhecida de infecção.
As hipóteses de transmissão percutânea como práticas de medicina popular, acupuntura,
tatuagem, “piercing” e por procedimentos em barbearias e salões de beleza e a inalação de
cocaína através de canudos contaminados, não foram confirmadas estatisticamente mas são
atualmente consideradas as vias mais importantes para a disseminação silenciosa e oculta da
doença

Material Biológico:

Soro ou plasma com EDTA, heparina de lítio ou de sódio. Não usar sangue de cordão umbilical!

Coleta:
0,5 ml de soro ou de plasma.

Armazenamento:
Durante até 5 dias, refrigerar entre +2 a +8ºC Congelar a amostra a -20ºC para períodos
maiores.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Evitar descongelamentos repetidos.

Exames Afins:
Marcadores virais para Hepatite A, Hepatite B, TGO, TGP, Bilirrubinas

Interpretação:

Diagnóstico diferencial de hepatites. Usado na triagem de bolsas de sangue nos bancos de
sangue.
O tempo médio para desenvolvimento de anticorpos anti-HCV após a infecção é de 8 a 12
semanas.
O teste detecta anticorpos da classe IgG. Por isso, na hepatite C aguda, que ainda só tem IgM,
pode dar resultado Negativo. O resultado deste, assim como o de qualquer kit diagnóstico, deve
ser usado e interpretado APENAS no contexto de um quadro clínico geral. Um resultado
negativo ou não-reagente não exclui a possibilidade de exposição ao HCV.
Em hemodialisados observa-se, às vezes, a “negativação” dos Anticorpos anti-HCV decorrente
de fatores do paciente ou por coleta de sangue do “shunt”. Recomenda-se, por isso, coletar
sangue do antebraço que não tem “shunt”.
Obs.: resultados falso-positivos foram relatados em pacientes após vacina antigripal (antiinfluenza).
Os Anticorpos heterófilos presentes no soro ou plasma humano podem reagir com as
imunoglobulinas dos kits, interferindo com o imunoensaio in vitro. Pacientes que estão em
constante contato com animais ou com produtos de soro animal podem ser suscetíveis a esta
interferência produzindo resultados anormais.
A positividade para anticorpos anti-HCV não diferencia se o paciente está entre os 75 % que se
tornam crônicos ou entre os 25 % que curam espontaneamente na fase aguda.

Observação sobre flutuações na detecção de anticorpos anti-HCV, anti-HBs e antiHBc em pacientes de hemodiálise.
Após consulta do autor a autoridades sobre o assunto, foi recebida a seguinte mensagem:
De: Dra. M. L. C. G. F.
Enviado em: terça-feira, 16 de janeiro de 2001 11:48
Para: „pierre@rhesus.com‟
Cc: Dr. C. G.
Assunto: hemodialisados
Caro Dr. Pierre,
Meu nome é M. L. F., sou Hepatologista da Escola Paulista de Medicina a Assessora Médica aqui
do Fleury. Estou retornando sua mensagem, enviada aos cuidados do Dr. A., sobre os testes
sorológicos de hepatite em hemodialisados.
Na verdade, este é um “drama” de todas as unidades de hemodiálise, onde a história se repete:
os testes têm resultados inconsistentes, ora positivos, ora negativos, criando sérias dificuldades
de abordagem dos pacientes e de adequação nas salas próprias para cada tipo de perfil
sorológico.
A explicação para isto parece residir mais em fenômenos que ocorrem in vivo, do que
propriamente problemas analíticos. Ou seja, não há evidências de que interferentes possam
prejudicar os resultados dos testes sorológicos. O que é ocorre é uma flutuação, sobretudo dos
níveis de anticorpos (anti-HBc, anti-HBs e anti-HCV), que tornam-se ora positivos, ora
negativos. Não há muito como contornar esta situação, a não ser repetir resultados
incoerentes, ou que mudaram de perfil, em nova amostra no soro, ou recorrer, no caso da
hepatite C, a testes moleculares, como o HCV-RNA.
Na nossa experiência, na EPM e em outras Unidades de Diálise que fazem os exames conosco
na Escola Paulista, o relato é exatamente igual ao seu, portanto não se trata de qualquer
problema com seus reagentes ou equipamentos.
Espero ter auxiliado e encontro-me à sua disposição para outros esclarecimentos, se for
necessário.
Atenciosamente,
M. L. F.
(Cópia do original à disposição de quem solicitar.)

INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Considera-se o resultado HCV positivo quando:
1 – O anti-HCV (ELISA ou Quimioluminescência) for Reagente e RIBA Reagente ou HCV RNA
Positivo.
A presença do anti-HCV positivo não pode distinguir entre uma infecção passada ou presente,
daí a necessidade de testes adicionais para a presença do vírus (HCV RNA) e função
hepática (transaminases, etc). O resultado do HCV RNA positivo indica infecção ativa, atual.
2 – O anti-HCV (ELISA ou Quimioluminescência) for Reagente e RIBA Reagente e HCV RNA
Negativo.
Existe a possibilidade de pacientes com infecção ativa apresentarem-se, transitoriamente, com
o vírus indetectável na fase aguda da hepatite C. Ademais, observou-se positividade
intermitente do HCV RNA em algumas pessoas com infecção crônica. Assim, o significado de
um único resultado negativo do HCV RNA, em especial naqueles com resultado prévio positivo,
fica dependente de confirmação. Um resultado negativo isolado de HCV RNA negativo não
diferencia a viremia intermitente da infecção resolvida.
Considera-se o resultado do HCV negativo, quando:
1 – O anti-HCV de triagem (ELISA ou Quimioluminescência) for Não reagente ou RIBA Não
reagente.
Habitualmente considera-se este indivíduo como não infectado, mas, falsos negativos ocorrem
nas primeiras semanas de infecção antes do anticorpo ser detectável. Se existir esta suspeita, o
HCV RNA deve ser feito, pois é detectado nas duas primeiras semanas após a exposição ao
vírus.
Estes mesmos resultados podem também ser encontrados nos indivíduos em que a infecção já
se resolveu e o anti-HCV caiu abaixo dos níveis detectáveis.
Em casos de infecção crônica pelo HCV , incluindo aqueles imunodeficientes, o anti-HCV pode
ser persistentemente negativo e o HCV RNA a única evidência de infecção.
2 – O anti-HCV de triagem (ELISA ou Quimioluminescência) for Reagente e RIBA Não
reagente.
Este caso é interpretado como teste de triagem falso-positivo.
3 – O anti-HCV de triagem (ELISA ou Quimioluminescência) for Reagente e RIBA Não
reagente e HCV RNA Negativo.
Este caso também é interpretado como teste de triagem falso-positivo.
Considera-se o resultado HCV indeterminado, quando:
O teste de triagem (ELISA ou Quimioluminescência) for Reagente e o RIBA Indeterminado.
Corresponde, na maioria das vezes a um falso-positivo, principalmente nos pacientes com baixo
risco de infecção pelo HCV. Nestes casos é necessário a coleta de nova amostra para repetir o
anti-HCV , ou fazer diretamente o HCV RNA. Este mesmo resultado pode ser encontrado nas
pessoas recentemente infectadas ou naquelas cronicamente infectadas. Em ambos casos deve
ser feito o HCV RNA.

Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTVdb
http://www.bsg.org.uk/pdf_word_docs/clinguidehepc.pdf
marialucia.ferraz@fleury.com.br
http://www.abbottdiagnostics.com/Science/pdf/learning_hepatitis.pdf
http://pathmicro.med.sc.edu/virol/hepatitis-virus.htm
http://www.iacs.com.br/txt/inf129.htm
http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v9n3/4519.pdf

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