Exame de FERRITINA em São Paulo

Sinonímia:
Apoferritina = ferritina sem ferro.
Relação Ferritina/TGP. RFT.

Fisiologia:
Massa molecular = 450 kDa.
A Apoferritina é um heteropolímero formado por 24 subunidades de tipo L e H, cada uma com peso molecular de ± 20 kDa.
Migra eletroforeticamente com as alfa-2 globulinas. Cada molécula de Ferritina pode armazenar até 4.500 átomos de Ferro+++ em seu núcleo embora costume conter ± 2.500 átomos armazenados na forma de cristais de hidroxi-fosfato férrico:

[(FeOOH8).FeO.PO3H2]

A Ferritina é encontrada em altas concentrações nas células dos centros de reciclagem de hemácias (SRE) no fígado, bile e medula óssea. Ela é a principal fonte de reserva de ferro para a eritropoiese e tem uma função protetora contra o efeito tóxico do ferro excessivo. A sua presença no plasma dá uma indicação satisfatória sobre o armazenamento do ferro no organismo.
O suprimento e o estoque de ferro no organismo são regulados por três proteínas principais: transferrina, receptor solúvel de transferrina (sTfR) e a ferritina.
A ferritina circulante é pobre em ferro, é encontrada sob as formas glicosilada e não-glicosilada e tem curta meia-vida (t½) biológica, sendo rapidamente captada e metabolizada pelo fígado. Ela é, também, constituinte normal dos eritrócitos e dos leucócitos. Nos leucócitos se encontra em concentrações de 300 a 2.000 vezes maiores do que nos eritrócitos. A Ferritina é o melhor analito para o diagnóstico da anemia ferropriva ou de ferropenia. Ela declina precocemente no início da deficiência de Ferro, mesmo antes de ocorrerem alterações da hemoglobina, do Volume Corpuscular Médio (VCM) e da sideremia.

Material Biológico:
Soro.

Coleta:
1,0 ml de soro.

Armazenamento:
Refrigerar a amostra entre +2 a +8ºC por até 7 dias. Para até 2 semanas, congelar a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free. Evitar descongelamentos repetidos.

Exames Afins:
Ferro sérico, Transferrina, TGP, Eritrograma.

Valor Normal:

Relação Ferritina/TGP: ver em Interpretação.

* ng/ml = μg/l
** Para obter valores em pmol/l, multiplicar os ng/ml por 2,2

Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.

Interferentes:
Hemólise. Descongelamentos repetidos.

Método:
Quimioluminescência.
Substrato: adamantildioxetanofosfato.
Sensibilidade analítica = 0,4 ng/ml

Interpretação:
AUMENTO:
SS. inflamatórias: funciona como se fosse proteína de fase aguda;
sobrecargas marciais: hemocromatose idiopática, hemosiderose pós-tranfusional, S. de Hanot-
Chauffrad;
anomalias da eritropoiese: anemia de Biermer (perniciosa), talassemia major, anemia
sideroblástica, anemia megaloblástica;
lises celulares: hepatite, cirrrose, alcoolismo, infarto do miocárdio;
colagenoses e DD. auto-imunes;
câncer: as iso-ferritinas ácidas são mais específicas de células tumorais, particularmente do
hepatocarcinoma, D. de Hodgkin;
excesso de ingestão de Ferro: iatrogênica, automedicação, água ferruginosa (canos de ferro
enferrujados, uso permanente de panelas de ferro).

DIMINUIÇÃO: carência marcial (depleção do armazenamento do ferro); anemia ferropriva;
panhipoproteinemia; sangramentos crônicos exagerados, intestinais ou menstruais;
hemodiálise.

Obs.: a Ferritina aumenta diretamente proporcional à hemossedimentação e inversamente
proporcional à albuminemia.

PARÂMETROS PARA DIAGNÓSTICO DA ANEMIA FERROPRIVA:

Pacientes sem doença inflamatória:
Anemia ferropriva provável = Ferritina < 20 ng/ml
Anemia ferropriva improvável= Ferritina > 100 ng/ml

Pacientes com doença inflamatória, infecção, neoplasia, colagenose ou hepatopatia:
Anemia ferropriva provável = Ferritina < 30 ng/ml
Anemia ferropriva improvável= Ferritina > 130 ng/ml

RELAÇÃO FERRITINA/TGP:
A Relação Ferritina/TGP (RFT) serve para diferenciar um aumento da Ferritina causado por
citólise hepática (RFT <= 8 ) versus outras causas de aumento (RFT > 8).

ESTIMATIVA DA RESERVA TOTAL DE FERRO CORPORAL:

onde:
FeToT = Reserva Total de Fe em mg,
Ferr = Ferritina em ng/ml

Obs.: esta estimativa não deve ser utilizada em casos de sobrecarga de ferro e DD.
inflamatórias crônicas.

LIKELIHOOD RATIO (LR)
A likelihood ratio da Ferritina para diagnóstico da Anemia ferropriva aumenta à medida que
sua taxa sérica diminui:

Pode-se estimar a taxa de Transferrina a partir da de Ferritina pela equação:

Nomograma para verificar a presença ou ausência de deficiência de Fe coexistente a uma
condição inflamatória subjacente. Correlaciona-se a Ferritina sérica com a velocidade de
hemossedimentação. Plota-se a Ferritina em ordenadas e a Hemossedimentação em abscissas.

Interpretação do nomograma:
Área triangular superior: deficiência de Fe altamente improvável.
Área entre as paralelas transversas: a deficiência de Fe não pode ser confirmada nem excluída.
Área triangular inferior: possível deficiência de Fe. Na hemossedimentação aumentada, a deficiência de Fe está associada a uma concentração de Ferritina mais elevada.
Área retangular inferior: Ferritina < 12 ng/ml confirma deficiência de Fe.

Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://www.aafp.org/afp/991001ap/1443.html

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