Exame de COMPLEMENTO TOTAL em São Paulo
Sinonímia:
Atividade de complemento total clássica. CH50. CH100. Atividade hemolítica do complemento.
Fisiologia:
O papel imunológico do complemento, como um sistema mediador nas DD. imunes ou na defesa do hospedeiro, é atacar e ajudar a destruir células invasoras anormais e/ou macromoléculas. O sistema sérico do complemento é constituído por 11 proteínas diferentes que reagem numa sequência específica com complexos antígeno-anticorpo. O resultado é aumento da permeabilidade vascular, atração de leucócitos polimorfonucleares e alterações nas membranas celulares que levam à lise e à morte celular. Na via clássica, todos os componentes são ativados começando pelo C1 que consiste em 3 proteínas separadas, C1q, C1r e C1s seguido de C4, C2, C3, C5, C6, C7, C8 e C9. Na via alternativa, C1, C4 e C2 são pulados e a ativação começa pelos Fatores A (C3b) e B. A lise das membranas celulares não ocorre enquanto todos os componentes não tiverem reagido. A maioria dos componentes do complemento é sintetizada desde precocemente na vida fetal. C1 é sintetizado nas células colunares do epitélio intestinal. C4 e C2 são produzidos por macrófagos nos órgãos primitivos. As células do parênquima hepático sintetizam C3. Os pulmões, fígado e intestinos fetais produzem C5. O maior interesse diagnóstico desse teste é detectar deficiências gerais dos componentes do complemento ou diminuição da atividade do complemento sérico.
A dosagem da CH50 é baseada na hemólise em tubo de 50 % das hemácias e seu resultado é expresso em Unidades líticas/ml ou pode ser efetuada por ELISA com os resultados expressos em U. CAE (Unidades Complement Activity Enzyme Immunoassay).
A dosagem da CH100 é baseada na imuno-hemólise das hemácias em placa de agarose e seu resultado é expresso em percentagem de hemólise.
A ATIVAÇÃO DA VIA CLÁSSICA.
O C1 circula no plasma como um complexo molecular contendo 6 moléculas de C1q, 2 moléculas de C1r e 2 moléculas de C1s.
Há regiões definidas nas IgM e nas IgG que contêm um locus de ligação para o C1q. Uma única molécula de IgM desencadeia a via clássica enquanto que são necessárias várias moléculas de IgG para fazê-lo.
A ligação de C1q ativa C1s e C1r.
O C1s ativado cliva duas proteínas plasmáticas:
1º – O C4 é clivado num fragmento maior, C4b, que se liga covalentemente a carboidratos residuais de glicoproteínas da superfície celular e num fragmento menor, C4a, inativo, que é dissipado mo meio extracelular, e
2º – O C2 que é clivado num fragmento maior, C2b, que se liga não-covalentemente num locus situado em C4b e num fragmento menor, C2a, inativo, que também é dissipado.
O complexo C4b-C2b é chamado de “C3 convertase” , uma serina-protease, porque ele catalisa a clivagem do C3.
O C3 é a proteína mais abundante do sistema complemento (± 1,3 mg/ml). Devido à sua abundância e à sua habilidade de ativar-se sozinho, ele amplifica enormemente a resposta.
O complexo C4b-C2b parte o C3 em dois fragmentos:
1º – O C3b que se liga covalentemente a glicoproteínas localizadas do lado interno da membrana celular. Macrófagos e neutrófilos possuem receptores para C3b e podem ligar-se à célula marcada com o C3b a fim de proceder à fagocitose. Esse efeito qualifica C3b como uma opsonina.
2º- O C3a que é difundido no líquido extracelular e que pode ligar-se a receptores de basófilos e mastócitos induzindo-os a liberar seus componentes vasoativos como, por exemplo, a histamina. Devido ao papel dessas substâncias na anafilaxia, o C3a é chamado de anafilotoxina.
Alguns C3b se ligam a moléculas de C5 criando uma transformação alostérica que é clivada pelo complexo C4b-C2b sendo, pois, uma “C3/C5 convertase”.
A clivagem do C5 pela C3/C5 convertase inicia a junção de uma série de proteínas do complemento que armam o complexo de ataque à membrana. Este complexo também pode ser formado por uma outra C5 convertase produzida pela VIA ALTERNATIVA.
A VIA ALTERNATIVA.
O sistema complemento pode também ser desencadeado na ausência de complexos antígeno-anticorpo. Mas mesmo na sua ausência, há uma conversão espontânea de C3 a C3b. Geralmente o C3b é rapidamente inativado: o C3b é ligado a proteínas inibitórias e ao ácido siálico presentes na superfície das células do próprio paciente, abortando o processo.
Entretanto, quando bactérias e outros patógenos invasores do organismo que não possuem essas proteínas e têm pouco ou nenhum ácido siálico, fazem o C3b ligar-se a uma proteína chamada “Fator B” formando o complexo C3b-Bb.
O complexo C3b-Bb também é uma C3 convertase que agindo sobre mais outros C3 forma C3b-Bb-C3b, que por sua vez, é uma C5 convertase que pode desencadear a formação do complexo de ataque à membrana e produzir mais C3b gerando um mecanismo de retro-alimentação positiva e assim amplificando uma pequena reação inicial numa produção maciça de C3b.
O COMPLEXO DE ATAQUE À MEMBRANA.
A clivagem do C5 pela C3/C5 convertase produz:
1º – O C5a que é liberado no líquido extracelular onde age como uma potente anafilotoxina (como o C3a) e como um atrativo quimiotáctico para neutrófilos e…
2º – C5b que serve de âncora para montar uma única molécula de cada uma das C6, C7 e C8.
O complexo resultante, C5b-C6-C7-C8 programa a polimerização de 18 moléculas de C9 formando um tubo perfurante na dupla camada de lípides da membrana celular. Esse tubo é um canal que permite a livre passagem de íons e de pequenas moléculas. A água entra na célula por osmose e a célula é lisada e destruída.
REGULAGEM DA ATIVIDADE DO COMPLEMENTO.
O potencial explosivo do sistema complemento precisa ser mantido sob rígido controle. Há ao menos 12 proteínas que atuam nessa regulagem. As mais conhecidas são:
o Fator H que remove Bb da via alternativa de C3 convertase quebrando o ciclo da retro-alimentação positiva,
o Fator I que inativa o C3b e
o Inibidor de C1 esterase (C1INH) que se liga a locus dos C1r e C1s ativados inibindo a sua atividade proteolítica. Assim, quando o C1 é ativado por algum complexo antígeno-anticorpo só há um brevíssimo intervalo durante o qual ele pode clivar C4 e C2 antes de sua desativação pelo C1INH.
Material Biológico:
Soro.
Coleta:
1 ml de soro.
Armazenamento:
Refrigerar entre +2 a +8ºC Após 1 hora, congelar a amostra a -20ºC.
Não estocar em freezer tipo frost-free.
Exames Afins:
Frações do Complemento, ASLO, FAN, Crioglobulina.
Valor Normal:
Preparo do Paciente:
Jejum de 4 ou mais horas. Água ad libitum.
Interferentes:
Lipemia. Hemólise. Contaminação bacteriana.
Métodos:
CAEIA – Complement Activation Enzyme Immunoassay.
Wadsworth & Maltaner.
Imuno-hemólise em placa de agarose.
Imunodifusão radial.
Imunoenzimático baseado em lipossomas. Wako.
Interpretação:
Avaliação do sistema complemento em pacientes portadores de doenças formadoras de imunocomplexos e avaliação da deficiência de componentes do sistema.
AUMENTO: DD. inflamatórias agudas, leucemia, D. de Hodgkin, sarcoma, D. de Behçet.
DIMINUIÇÃO: deficiência hereditária de um ou mais componentes, síntese deprimida de complemento, consumo aumentado do complemento, fixação do complemento por
a) imunocomplexos celulares ou teciduais: glomerulonefrite crônica, artrite reumatóide, anemia hemolítica, rejeição de enxerto;
b) imunocomplexos circulantes: lúpus eritematoso sistêmico, glomerulonefrite aguda, endocardite bacteriana subaguda, crioglobulinas.
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com
http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPages/C/Complement.html
Faça seu exame de COMPLEMENTO TOTAL em São Paulo com a Biolider!
Entre em contato
Por aqui você pode agendar seu exame, tirar suas dúvidas, fazer suas sugestões ou apontar suas críticas, estamos sempre prontos para te atender!
Clique no botão CONTATO abaixo para prosseguir.
Agende agora o seu Exame de COMPLEMENTO TOTAL em São Paulo
Exame de CÁLCIO IONIZÁVEL em São Paulo
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.