Exame de ACETONA em São Paulo
Sinonímia:
Propanona. 2-propanona. Dimetilcetona.
beta-cetopropanona. 2-propanol. Isopropanol. Éter piroacético.
Fisiologia:
Fórmula molecular = C3H6O Massa molecular = 58,0794 g/mol Densidade = 0,79 g/cm³ (20ºC)

A Acetona é um produto normal do metabolismo dos ácidos graxos de cadeia longa. Ela é, assim como o ácido acetilacético e o ácido ß-hidroxibutírico, formada no fígado. Esses compostos são boas fontes de energia para os órgãos capazes de oxidar os ácidos graxos (miocárdio, rim, músculos esqueléticos). Os fatores que estimulam a lipólise periférica e aumentam o aporte dos ácidos graxos livres para o fígado são cetogênicos (glucagon, TSH, ACTH, HGH). Outros são anti-lipolíticos (insulina, ocitocina, vasopressina, prostaglandina PG1 e glicose após jejum). A acetona é um solvente utilizado na indústria química, de plásticos, borracha, explosivos, couro sintético e de lubrificantes.
Material Biológico:
Sangue total, plasma e urina.
Coleta:
Sangue total fluoretado: 5 ml Plasma fluoretado: 3 ml Urina fluoretada: 10 ml Medicina ocupacional: Coletar uma alíquota de urina ao final da jornada de trabalho ou após período de exposição, adicionando para cada 100 ml de urina, 100 mg de fluoreto de sódio.
Armazenamento:
Plasma: enviar diretamente ao setor ou congelar. Sangue total: deve ser apenas refrigerado. Não congelar. Urina fluoretada: congelar a -20ºC imediatamente e enviar diretamente ao setor. Não estocar em freezer tipo frost-free.
Método:
Cromatografia gasosa.
Valor Normal:
Urina
Alíquota | até 0,3 mg/dl |
Por Creatinina ♂ | até 3,7 mg/g Creatinina |
Por Creatinina ♀ | até 5,4 mg/g Creatinina |
Exposição ocupacional | superior a 27,0 mg/dl |
IBMP § | até 5,0 mg/dl ou até 30,0 mg/g Creatinina |
Sangue total | 0,3 a 2,0 mg/dl (não-diabéticos e sem jejum prolongado) |
Exposição ocupacional | inferior a 10,0 mg/dl |
Nível tóxico | superior a 20,0 mg/dl |
Cetoacidoses | 10,0 a 70,0 mg/dl |
Interpretação:
AUMENTO: exposição ocupacional; aumentos da oxidação dos ácidos graxos (exposição ao frio, exercício prolongado, jejum, inanição); depleção das reservas de glicogênio hepático, estados febris das crianças, vômitos cetônicos da criança; gravidez e em algumas doenças metabólicas congênitas (glicogenose tipo I de Von Gierke); coma acetoacético, diabetes mellitus, cetoacidose diabética, diarreia, hipertireoidismo, hiperinsulinismo.
Quando a presença de cetonas ultrapassa a capacidade de eliminação renal e de utilização periférica, ela leva a acidose metabólica com hiperglicemia, hipobicarbonatemia e abaixamento do pH.
Ver também o título “Corpos cetônicos”.
Índice Biológico Máximo Permitido
Sitiografia:
E-mail do autor: ciriades@yahoo.com